sexta-feira, 5 de agosto de 2011
Lição 6: A eficácia do testemunho cristão
07 de Agosto de 2011
TEXTO ÁUREO
“[...] e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda Judeia e Samaria e até aos confins da terra” (At 1.8).
VERDADE PRÁTICA
Não fomos chamados apenas para usufruir dos benefícios da salvação, mas também para testemunhar do Salvador a um mundo que jaz no maligno.LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Mateus 5.13-16; Romanos 12.1,2.
Mateus 5
13 - Vós sois o sal da terra; e
se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nade mais presta,
senão para ser lançar fora e ser pisado pelo homens.
14 - Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte;
15 - nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire mas, no velador, e dá luz a todos que estão na casa.
16 - Assim resplandeça a vossa
luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem
o vosso Pai, que está nos céus.
Romanos 12
1 - Rogo-vos, pois, irmãos,
pela compaixão de Deus, que apresenteis o vosso corpo em sacrifício
vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.
2 - E não vos conformeis com
este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento,
para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de
Deus.
Mateus 5:13
Quando Jesus pronunciou estas palavras usou uma expressão que depois se tornou o maior elogio que se pode oferecer a homem algum. Se desejamos sublinhar a solidez, utilidade e valor de alguém podemos dizer: "Pessoas assim são o sal da Terra." Na antiguidade o sal possuía um valor muito grande. Os gregos costumavam dizer que o sal era divino. Os romanos, em uma frase que
em latim era algo como uma das rimas comerciais da atualidade, diziam: "Nada é mais útil que o sol e o sal" (Nil utilius sole et sale). Na época de Jesus o sal era associado com três qualidades especiais: (1) O sal se relacionava com a idéia de pureza. Indubitavelmente sua faiscante brancura fazia com que a associação fosse fácil. Os romanos diziam que o sal era o mais puro do mundo porque procedia das
duas coisas mais puras que existem: o sol e o mar. O sal é a oferenda mais antiga dos homens aos deuses, e até o final do culto sacrificial judeu toda oferenda era acompanhada de um pouco de sal. Portanto, para que o cristão seja o sal da Terra, deve ser um exemplo de pureza. Uma das características do mundo em que vivemos é a diminuição das exigências morais. No que respeita à honradez, a diligência no trabalho, a retidão, a moral, todas as normas estão sofrendo um processo de
relativização e rebaixamento. O cristão deve ser aquele que mantém no alto os ideais de uma pureza absoluta na linguagem, na conduta e até no pensamento.
Quando Jesus pronunciou estas palavras usou uma expressão que depois se tornou o maior elogio que se pode oferecer a homem algum. Se desejamos sublinhar a solidez, utilidade e valor de alguém podemos dizer: "Pessoas assim são o sal da Terra." Na antiguidade o sal possuía um valor muito grande. Os gregos costumavam dizer que o sal era divino. Os romanos, em uma frase que
em latim era algo como uma das rimas comerciais da atualidade, diziam: "Nada é mais útil que o sol e o sal" (Nil utilius sole et sale). Na época de Jesus o sal era associado com três qualidades especiais: (1) O sal se relacionava com a idéia de pureza. Indubitavelmente sua faiscante brancura fazia com que a associação fosse fácil. Os romanos diziam que o sal era o mais puro do mundo porque procedia das
duas coisas mais puras que existem: o sol e o mar. O sal é a oferenda mais antiga dos homens aos deuses, e até o final do culto sacrificial judeu toda oferenda era acompanhada de um pouco de sal. Portanto, para que o cristão seja o sal da Terra, deve ser um exemplo de pureza. Uma das características do mundo em que vivemos é a diminuição das exigências morais. No que respeita à honradez, a diligência no trabalho, a retidão, a moral, todas as normas estão sofrendo um processo de
relativização e rebaixamento. O cristão deve ser aquele que mantém no alto os ideais de uma pureza absoluta na linguagem, na conduta e até no pensamento.
O que Jesus quis dizer ao afirmar que o cristão devia ser a luz do mundo? (1) Uma luz é, acima de tudo e em primeiro termo, algo cuja razão de ser é que seja vista. O interior das casas palestinenses era muito escuro, pois tinham apenas uma abertura circular, de uns trinta ou quarenta centímetros de diâmetro, como única fonte de iluminação durante o dia. As lâmpadas que se usavam eram recipientes de barro, com a forma de molheiras, cheias de azeite no qual flutuava a mecha. Do mesmo modo o cristianismo está destinado a ser visto. Como foi dito com grande acerto, "Não pode haver tal coisa como um discipulado secreto, porque ou o segredo destrói o discipulado, ou o discipulado destrói o segredo." O cristianismo de uma pessoa deve ser perfeitamente visível para todos os que a rodeiam. Mais ainda, deve ser uma profissão de fé que não somente fique de manifesto na Igreja. Um cristianismo cuja influência se detém na porta da igreja, não tem grande valor para ninguém. Deve ser mais visível até nas atividades mundanas que na Igreja. Nosso cristianismo deve ficar de manifesto na maneira de tratar o empregado que nos atende em um escritório ou em um comércio, no modo de pedir o que desejamos comer quando vamos a um restaurante, em nossas relações com os que trabalham sob nossas ordens, ou com os que nos empregam ou ordenam, na maneira de dirigir nosso automóvel e
estacioná-lo, na atitude que assumimos quando jogamos e nos divertimos. O cristão deve ser cristão na fábrica, na oficina, no laboratório, na escola, no sala de cirurgia, na cozinha, na quadra de sportes de futebol, na praia, ou na Igreja. Jesus não disse: "Vós sois a luz da Igreja"; disse: "Vós sois a luz do mundo", e isto significa que a fé que um homem ou mulher professa deve ser visível para todos em sua
vida no mundo.
estacioná-lo, na atitude que assumimos quando jogamos e nos divertimos. O cristão deve ser cristão na fábrica, na oficina, no laboratório, na escola, no sala de cirurgia, na cozinha, na quadra de sportes de futebol, na praia, ou na Igreja. Jesus não disse: "Vós sois a luz da Igreja"; disse: "Vós sois a luz do mundo", e isto significa que a fé que um homem ou mulher professa deve ser visível para todos em sua
vida no mundo.
COMENTÁRIO BIBLICO BARCLAY
Introdução:
I. O CRISTÃO COMO SAL DA TERRA
1. A função de preservar. Preservar é uma das
funções primordiais do sal. Ele age como um antisséptico natural,
evitando a decomposição dos alimentos. Jesus usou a metáfora do sal para
ensinar aos discípulos, e também a nós, que devemos ter uma atuação
preservadora no mundo, onde os padrões morais são cada vez mais baixos.
Como crentes, devemos ser santos em toda a nossa maneira de agir, pensar
e falar (Mc 9.50). Nenhuma palavra torpe deve sair dos nossos lábios,
pois, conforme afirma o apóstolo Paulo em sua epístola aos Colossenses
4.6, a nossa palavra deve ser sempre agradável e temperada com sal, para
que saibamos responder a cada um como convém.
2. A função de temperar. O sal realça o sabor
dos alimentos, porém ele deve ser usado com equilíbrio, pois se, por um
lado, uma comida sem sal é insípida, por outro, um alimento salgado é
insuportável e prejudicial à saúde. O crente deve ser como o sal, ou
seja, trazer sabor e equilíbrio à vida daqueles que estão angustiados,
deprimidos, desesperados e que não encontram solução para os seus
problemas e frustrações. Para ser sal neste mundo é necessário que o
crente ore, tenha prazer em meditar na Palavra de Deus, participe das
reuniões de culto ao Senhor, ame e demonstre esse amor ajudando ao
próximo (Tg 2.14-26). Viva de modo equilibrado e abundante na presença
de Deus, pois há muitas pessoas que precisam de você (Lc 7.31-35).
3. Preservando e temperando o mundo. Uma
sociedade deteriorada pelo pecado necessita de crentes autênticos,
santos, honrados e que testemunhem ousadamente de Jesus (Lc 14.34,35; Cl
4.5,6). Primemos pela retidão e pela conduta ilibada no lar, na escola,
no trabalho, na vizinhança, na igreja, etc. O crente que anda segundo a
Palavra de Deus leva as pessoas ao Salvador. Há, infelizmente, os que
não entram e impedem outros de entrarem no Reino de Deus (Mt 23.13-15),
pois escandalizam a obra do Senhor e motivam os ímpios a murmurarem
contra Deus (Rm 2.24). Muitos, apesar de crentes, são irresponsáveis,
preguiçosos, desonestos, caluniadores, etc. A ética do Reino exige de
nós um alto nível de comportamento em relação ao mundo; eis o nosso
supremo alvo. Somente assim a nossa pregação tornar-se-á legitimamente
eficaz.
II. O CRISTÃO COMO LUZ DO MUNDO
1. A luz. Assim como o sal faz a diferença na
alimentação, a luz também é fundamental em um ambiente. Certa vez, o
Senhor Jesus afirmou: “Eu sou a luz, do mundo; quem me segue não andará
em trevas, mas terá a luz da vida” (Jo 8.12). A luz simboliza clareza,
transparência, conhecimento, direção e revelação divina. Assim como a
lua reflete a luz do sol, o crente deve resplandecer os raios do “Sol da
Justiça” num mundo escurecido pelas injustiças e pecado (Ml 4.2; Jo
9.5; Lc 2.32). Não podemos nos esquecer de que as trevas jamais podem
sobrepujar a luz porque quando esta chega, a escuridão desaparece (1 Jo
1.5; Jo 1.9).
2. O “Pai das luzes”. Na Bíblia, Deus é
chamado de “Pai das luzes” (Tg 1.17). Esta expressão mostra Deus como o
Criador das luzes do universo (o sol, a lua e as estrelas), bem como o
Pai de toda a iluminação espiritual. O verdadeiro cristão deve ser luz
no Senhor. Antes éramos trevas, mas agora somos luz no Senhor. E por
isso mesmo, devemos andar como filhos da luz (Ef 5.8) e como “astros no
mundo” (Fp 2.15). Estar na luz indica possuir a graça plena de Deus para
uma vida santa. O cristão é como “uma cidade edificada sobre um monte”,
exposto o tempo todo perante o mundo. Somos chamados por Deus para
iluminar a sociedade em que vivemos (Mt 5.16).
3. A manifestação da luz pelas boas obras.
Ser discípulo significa difundir a luz de Cristo. E como isto é
possível? Quando apresentamos as boas obras à sociedade onde vivemos (Mt
5.16). É através destas boas obras que a nossa luz deve brilhar. Então,
o Eterno Deus será glorificado. Você foi chamado para ser como um farol
da verdade do Evangelho. Não oculte, ou ofusque, a luz de Cristo em sua
vida, mas deixe-a resplandecer diante do mundo através daquilo que você
é, faz e diz.
1. No campo missionário. O mundo é o nosso
campo missionário, o lugar onde a nossa fé é provada e evidenciada
mediante o que falamos e fazemos (Tg 2.14-17). Logo, a vida cristã não
deve restringir-se ao templo onde, semanalmente, reunimo-nos para adorar
a Deus. A nossa fé deve ser irradiada por intermédio de uma vida santa e
frutífera. Somos chamados a influenciar e transformar o mundo através
de Cristo Jesus (Jo 15.16; 17.18,23).
2. Em sua comunidade. Ser sal e luz numa
sociedade como a nossa implica na disposição de falar de Cristo aos
milhões que perecem por não terem aceitado ainda o Evangelho. Quem não
se entristece ao ouvir notícias de que adolescentes e jovens morrem
todos os dias devido às drogas e ao álcool? Eles precisam
desesperadamente do Evangelho. Quem não se angustia em saber que, neste
exato momento, há milhares de pessoas, no Brasil, vivendo em extrema
miséria espiritual, moral e material? E muitas destas pessoas estão
morrendo ao nosso lado. Ignorar tal realidade e não fazer nada para
amenizar essa situação é pecado: “Portanto, aquele que sabe que deve
fazer o bem e não o faz, nisso está pecando” (Tg 4.17 – ARA).
3. Na igreja local. A Palavra de Deus nos
ensina que a manifestação da luz de Cristo através de nossas boas obras
tem uma finalidade: Glorificar o Pai Celestial (Mt 5.16). Quando a nossa
mensagem coaduna-se às ações que praticamos, o nome do Senhor é
exaltado. Você já se perguntou o que as pessoas dizem a seu respeito e
da sua igreja local? Pense nisso!
CONCLUSÃO
O sal preserva, dá sabor e equilíbrio à vida. O sal
representa o nosso caráter; a luz fala do nosso testemunho. Levemos a
sério o ensino de Jesus em relação às metáforas do sal e da luz. Sem
perda de tempo, realizemos as boas obras para as quais fomos chamados
(Ef 2.10). Não podemos desperdiçar a oportunidade de testemunhar de
Cristo, iluminar o mundo e fazer o bem (Tg 4.17).
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Bibliológico
“Jesus Ensina Sobre o Sal e a Luz
A pergunta de Jesus: ‘Se o sal for insípido, com que
se há de salgar?’ não requer uma resposta, pois todos sabem que, uma
vez que o sal se deteriora, já não pode mais ser usado para conservar os
alimentos. Assim como o sal conserva e realça o melhor sabor dos
alimentos, os crentes devem ser o sal da terra e influenciar as pessoas
positivamente. Jesus disse aos seus discípulos que se quisessem fazer a
diferença no mundo, também teriam que ser diferentes do mundo. Deus iria
considerá-los responsáveis por manter a sua ‘salinidade’ (isto é, a sua
utilidade). Devemos ser diferentes se quisermos fazer a diferença.
‘Vós sois a luz do mundo’
Assim como o sal faz a diferença no alimento das
pessoas, a luz faz a diferença no seu ambiente. Mais tarde Jesus
explicou: ‘Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas,
mas terá a luz da vida’ (Jo 8.12). Os discípulos de Cristo devem viver
para Cristo, brilhando como ‘uma cidade edificada sobre um monte’, de
forma que todos possam vê-los. Deverão ser como luzes em um mundo
escuro, mostrando claramente como Cristo é. Como Jesus Cristo é a luz do
mundo, os seus seguidores devem refletir a Sua luz” (Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. 1.ed., Vol.1., RJ: CPAD, 2009, p.38).
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Bibliográfico
“Se quisermos restaurar o nosso mundo, em primeiro
lugar devemos nos libertar da noção confortável de que o cristianismo é
uma mera experiência pessoal, que se aplica somente à vida provada de
alguém. ‘Nenhum homem é uma ilha’, escreveu o poeta cristão John Donne.
Mas um dos grandes mitos de nossos dias é o de que nós somos
ilhas – que as nossas decisões são pessoais e que ninguém tem o direito
de nos dizer o que fazer nas nossas vidas particulares. Nós nos
esquecemos facilmente de que cada decisão particular contribui para o
ambiente moral e cultural em que vivemos [...]. Os cristãos são salvos
não apenas de alguma coisa (o pecado), mas também para
alguma coisa (a soberania de Cristo sobre toda a vida). A vida cristã
começa com a restauração espiritual, que Deus opera pela pregação da sua
Palavra, da oração, da adoração e do exercício dos dons espirituais em
uma igreja local. Este é apenas o começo indispensável, pois somente a
pessoa redimida pode ser cheia do Espírito de Deus e pode
verdadeiramente conhecer e realizar o plano de Deus. Mas então devemos
proceder à restauração de toda a criação de Deus, o que inclui as
virtudes privadas e públicas; a vida pessoal e familiar; a educação e a
comunidade; o trabalho, a política e a lei; a ciência e a medicina; a
literatura, a arte e a música. Este objetivo redentor permeia tudo o que
fizermos, porque não existe uma linha divisória invisível entre o que é
sagrado e o que é secular. Devemos trazer ‘todas as coisas’ sob a
soberania de Cristo, em casa e na escola, na palestra e na reunião de
trabalho, no conselho municipal e na câmara legislativa” (COLSON, C.;
PEARCEY, N. O Cristão Na Cultura de Hoje. 1.ed., RJ: CPAD, 2006, pp.36,37,39,40).
Revista CPAD 3ºTrimestre 2011
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