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sábado, 18 de junho de 2011

Lição 12: Conservando a pureza da Doutrina Pentecostal



                                                 TEXTO ÁUREO

Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina; persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem(1 Tm 4.16).

                                          VERDADE PRÁTICA

Mantendo-se firme e fiel à Palavra de Deus, a Igreja de Cristo conservará a sã doutrina no poder do Espírito Santo.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE


2 Timóteo 4.1-4; 2 Pedro 2.1-3.

2 Timóteo 4
1 - Conjuro-te, pois, diante de Deus e do Senhor Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu Reino,
2 - que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina.
3 - Porque virá tempo em que não sofrerão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências;
4 - e desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas.

    Contexto Histórico e Doutrinario

A última exortação do apóstolo está marcada pela total gravidade de seu próprio tempo, definitivamente final, bem como pelo impacto daquilo que ele escreveu acerca “dos últimos dias”. O ser humano de Deus, educado para a justiça, deve ser capaz de comparecer perante o Juiz de todos sem se envergonhar. Isso será possível quando Timóteo executar e consumar sua tarefa de proclamação sem arrefecer e sem temer sofrimentos.
   Mais uma vez Paulo o coloca diante do semblante divino, longe de todos os veredictos humanos.
Você está diante de Deus e do Messias, o Juiz de todos, devendo prestação de contas a ele. O que pessoas afirmam sobre você não terá importância no dia do juízo final, motivo pelo qual você deve libertar-se disso desde já, a fim de poder cumprir livremente sua tarefa, inclusive quando ela acarretar sofrimento e perseguição. “Eles, porém, hão de prestar contas àquele que é competente para julgar vivos e mortos”. Provavelmente se trata aqui de uma fórmula já existente, tirada de uma confissão batismal. Justamente essas palavras, porém, foram escolhidas por Paulo porque nessa última carta ele vê a si mesmo e seu colaborador colocados com sagrada urgência diante daquele que trouxe e trará a
decisão entre morte e vida. Ao contrário de 1Tm 5.21, falta na presente palavra de advertência, de resto tão idêntica, a referência aos “anjos eleitos”. Paulo não emprega essa fórmula de maneira mecânica. Agora o que está diante dos olhos é o Juiz. Jesus como Messias é o Juiz que Deus destinou para julgar todo o orbe terrestre com justiça – para Paulo, isso constitui o acervo integral do evangelho e de sua proclamação. Tão certo como ele se manifestará e inaugurará o reino. Literalmente “em sua manifestação” (como em Tt 2.13) “e em seu reino”: Paulo pensa de forma muito pessoal na proximidade desse reino (v. 18, cf. 2Ts 1.5). Caso “manifestação” e “reino” sejam considerados como outras partes da fórmula, a idéia deve ser entendida assim: seu retorno futuro para o juízo, bem como sua concretização futura do reinado de Deus, atua desde já como esperança viva para o presente, por isso
ela constitui desde já o fundamento da certeza e o reforço da exortação dirigida a Timóteo. Na
expectativa convicta da volta, do juízo e do senhorio do Messias, Timóteo não precisa desanimar de seu ministério nem retroceder diante dos renitentes, pelo contrário: deve “atacar” no Espírito de poder, amor e disciplina.
Proclama a palavra, empenha-te por ela, quer seja oportuno, quer não, argúi, repreende,
exorta com toda a longanimidade e ensinamento. Proclama: na realidade “exclamar como arauto”, a tarefa central para Paulo. Aqui um breve imperativo. Emite-se uma última ordem, restrita ao mais premente e necessário. A palavra: a palavra de Deus, que não está algemada, mas cuja eficácia tampouco deve ser tolhida pela infidelidade e injustiça. Ela precisa correr, precisa poder ser falada e ouvida. Não há nada mais urgente que isso (2Tm 2.9).
     2     Empenha-te por ela (epistethi): estar à mão. Estar preparado é tudo. Esteja inteiramente disponível, presente, alerta. Agarra todas as oportunidades, pareçam elas propícias ou não. Obviamente vale também em toda essa premência: não entreguem aos cães o que é santo (Mt 7.6). 
Quer seja oportuno, quer não (eukairos akairos): nenhuma circunstância deve te impedir ou
influenciar. Opportune – importune (latim), traduz a Vulgata. Comparemos com um exemplo mais corriqueiro: nolens – volens (bem ou mal). O kairós precisa ser percebido e agarrado, remido e aproveitado, não no sentido do bordão “tempo é dinheiro”, mas tempo é salvação, é tempo salvífico para a decisão. O dia da salvação é oferta suprema e última antes do dia do juízo, uma oferta que irrompe (Ef 5.16). A exortação também poderia ter um sentido muito pessoal: anuncia, até mesmo quando pessoalmente não estás propício para isso. Caem na vista a freqüência e urgência da exortação a Timóteo. Será que ele enfrentava uma aflitiva crise? Porventura o cristianismo não corre também hoje o perigo de negligenciar o ato fundamental e único da proclamação? A pregação correta  é uma ação! Somente ela traz motivação (causa motora) e objetivo a todo fazer e deixar de fazer, a todas as boas obras, para que se tornem ações a partir da salvação recebida para a honra de Deus.
Não lamentar a dificuldade da pregação e igrejas vazias, mas entregar a mensagem com clareza e autoridade! Não se desviar constantemente para novos planos de ação, mas anunciar a palavra de Deus. Não conduzir contendas verbais e discussões teológicas, mas testemunhar o evangelho. Permanecer na palavra e transmitir a partir da palavra a boa notícia: isso é a primeira coisa, que na realidade não exclui nem substitui uma segunda e terceira, mas sem a qual todo o resto não tem chão firme sob os pés. Crisóstomo oferece o seguinte comentário sobre a passagem: “A fonte jorra sempre, até mesmo quando ninguém vem beber, é assim também com a palavra de Deus!” – Da mesma maneira o servo da palavra deveria jorrar. A premência da mensagem não se torna compreensível quando a consideramos apenas ensinamento moral, comentário para os eventos mundiais, explicação de um versículo bíblico. Proclamar significa desenhar o Cristo, o Crucificado, para os outros, significa oferecer Cristo na demonstração de Espírito e de poder, significa exclamar, colocá-lo diante do coração e da consciência dos ouvintes, para que se voltem para ele e invoquem seu nome. A “corrente da salvação” possui cinco elos, não apenas quatro: enviar, anunciar, ouvir, crer, invocar!
(Rm 10.14s). Não se deve estacionar na fé em frases ouvidas, e sim chegar à invocação do Redentor. 
Argúi (elencho): como em 2Tm 3.16!; 1Tm 5.20; Tt 1.9,13; 2.15. Convencer os que contradizem; trazer à luz os pecados; revelar um erro. A proclamação, sendo profética, desvendará de maneira concreta: tu és a pessoa!
Repreende (epitimao): castigar, criticar; 2Co 2.6!; cf. Lc 17.3. Quando teu irmão pecar, corrige-o,e quando se arrepender, perdoa-lhe: Mt 18.15; Lc 23.40; Jd 9. Como fez Paulo com o impuro em Corinto: 1Co 5.1-8,13; 2Co 3.5-11. Como fez Natã com Davi: 2Sm 13.1-15.
Exorta (parakaleo), possui sentido múltiplo: originalmente chamar para perto, buscar para
auxílio; depois rogar, solicitar, aconselhar, convidar, consolar; aqui é provável que predomine:
exortar (com severidade) e animar (com bondade); como em 1Ts 2.7-12; também 2Tm 4.8; 1Tm 2.1; 5.1; 6.2. Paulo declara aos anciãos em Éfeso: “Vigiai, pois, lembrando-vos de que, noite e dia, durante três anos, eu não cessei, com lágrimas, de admoestar a cada um de vós” (At 20.31 [TEB]). Portanto, faz parte da proclamação geral e pública o cuidado pastoral individual (argüir, corrigir, exortar), seja a dois, seja no pequeno grupo. Com toda a longanimidade: como em Cl 1.11; cf. 2Tm 2.24! Deve realmente argüir e exortar, não com dureza, porém afetuosamente e com brandura, assim como Paulo exortou com lágrimas, tão
insistentemente, sem ce-der, visando o melhor para a outra pessoa. 2Tm 3.10; 1Tm 1.16; 1Co 13.7: o amor, que suporta tudo, cf. 2Co 6.1-10. E ensinamento. Em tudo é fundamental a instrução. Quem deseja exortar sem fornecer instrução deixa de atacar a raiz do erro. Mas a instrução ainda não basta. Acrescenta-se o “treinamento” na fé (2Tm 3.16). A necessária e perseverante correção e a mudança de rumo têm de ser exercitadas com
base no permanente ensinamento. Pode-se combinar longanimidade com instrução em “instrução perseverante”. É assim que traduz Wilckens: “Argúi as pessoas, fala-lhes à consciência e exorta-as com instrução infinitamente paciente.” Uma vez que entre os pregadores freqüentemente falta a exortação fraternal mútua, muitos caem na rotina ou na resignação. A crise da pregação é uma crise dos pregadores; a mesma coisa vale para missionários e todos os servidores nas igrejas. Por isso a exortação de Paulo a Timóteo é tão atual nos dias de hoje quanto no passado: cuida de ti mesmo, da doutrina, corre atrás da justiça com todos que invocam o Senhor de coração puro. 
Porque virão tempos em que não suportarão a sã doutrina, pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo seu próprio bel-prazer, para que lhes façam coceira nos ouvidos, mas se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas.
Por que não suportam a doutrina, visto que é salutar? A doutrina não confirma o que eles já sabem e são. A palavra de Deus os questiona. O servo obediente à palavra desmascara, corrige, aconselha. Outros não desejam esse serviço profético, porque lhes é muito incômodo. Desejam a religião, desejam atendimento religioso, porém não querem ser convocados ao arrependimento, à justiça e ao agir prático por amor. Os próprios profetas do AT sabiam contar a respeito da atitude consumista dos ouvintes: “Quanto a você, filho do
homem, seus compatriotas estão conversando sobre você junto aos muros e às portas das casas, dizendo uns aos outros: „Venham ouvir a mensagem que veio da parte do Senhor.‟ O meu povo vem a você como costuma fazer, e se assenta para ouvir as suas palavras, mas não as põe em prática. Com a boca expressam devoção, mas seu coração está ávido de ganhos injustos. De fato, para eles você
não é nada mais que um cantor que entoa cânticos de amor com uma bela voz e que sabe tocar um instrumento, pois eles ouvem as suas palavras, mas não as põem em prática [NVI].” A mensagem ouvida não penetra no coração, tão-somente deve adular os ouvidos. São dominados por um apetite prazeroso de novas teorias. Desejam comer e ouvir coisas picantes. As cócegas no paladar são muito próximas das cócegas nos ouvidos. A curiosidade sensitiva está mais estreitamente ligada à curiosidade pelo saber (religioso e outro) do que comumente se pensa. Da atenção franca à palavra surge a fé, razão pela qual a proclamação do evangelho não pode ser substituída por nada. Portanto, não pares de anunciar, ainda que saiam correndo e se voltem para conversas vazias e especulações inteligentes.



 2 Pedro 2
1 - E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição.
2 - E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade;
3 - e, por avareza, farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita.

Contexto Histórico e Doutrinario


 Depois que alertou contra a interpretação autocrática da palavra profética (Forma de governo na qual um único homem detém o poder supremo. Ele tem controle absoluto em todos os níveis de governo, sem o consentimento dos governados) Pedro passa a falar de uma
deturpação muito mais perigosa da profecia: Mas se apresentaram também profetas mentirosos ao
povo, assim como também haverá entre vós mestres mentirosos que introduzirão dissidências
geradoras de perdição. De fato: em Israel foi necessário travar uma luta permanente contra
pseudoprofetas, que eram profetas mentirosos, pois não apenas o conteúdo do que anunciavam era
inverídico e desencaminhador, mas já a própria reivindicação de ser “profeta” era mentira. Peculiar,
porém, é a conclusão que Pedro tira dessa circunstância: não fala como João (1Jo 4.1ss) de “falsos
profetas” nas igrejas, mas de pseudodidaskaloi = mestres mentirosos, sendo que também aqui
devemos ter em mente a mesma dupla mentira: arvoram-se em “mestres” sem terem sido chamados
por Deus como tais, e no conteúdo, trazem heresia. Aparentemente o carisma da profecia não tinha
muita importância nas igrejas às quais a carta se dirige. Importantes, no entanto, eram os “mestres” e
a doutrina trazida por eles à igreja. Também as grandes dificuldades em Corinto não remontavam a
uma “profecia” falsa no sentido estrito, mas a uma proclamação e doutrina desencaminhadoras. De
forma bem típica, exatamente como Pedro está advertindo, aconteceram também em Corinto
dissidências (1Co 1.10-17). No NT a “doutrina” desempenha um papel muito importante,
constituindo o alicerce para a edificação de uma igreja. Por isso ela também foi confiada por Deus
como dádiva e tarefa para certos “mestres” (cf. 1Tm 2.7; 1Co 12.28; Ef 4.11; Tg 3.1). Quem, no
entanto, ensina na igreja sem vocação genuína não é apenas insolente em termos humanos, mas já
por isso se torna “mentiroso” contra Deus. Arvora-se em “mestre” ao tentar abrir espaço para uma
concepção divergente da mensagem que, no entanto, vem a ser um “evangelho diferente” (Gl 1.6s).
Inicialmente Pedro não afirma nada acerca do conteúdo da nova doutrina; mas um efeito dela fica
diretamente visível para a igreja: os mestres mentirosos introduzem dissidências geradoras de
perdição. O termo grego hairesis = dissidência designa, a princípio de forma neutra, a formação de
determinados grupos e equivale à nossa palavra “partido”. Mas partidos facilmente se transformam
em dissidências e cisões que dilaceram uma igreja, introduzindo nela brigas e discórdias, como já se
evidenciara claramente em Corinto (1Co 1.10-13; 3.1-4). Aqui se trata de cisões geradoras de
perdição. É o que Pedro sublinha mediante o termo apoleias = perdição, acrescentado expressamente. Simultaneamente a palavra para introduzir, pelo prefixo parei, possui a conotação traiçoeira de
“contrabandear”.
É peculiar que Pedro escreva todo o trecho na forma futura. Será que ele constata que os hereges
estão por chegar, enquanto Judas descreve em sua carta o cumprimento desse anúncio? Porventura
isso comprova que a carta de Judas foi escrita depois de 2Pe? No entanto, no decurso do capítulo,
Pedro fala a respeito deles seguramente como de perturbadores atuais da igreja. Por isso deve ter
usado o futuro de forma não-intencional, porque viu esses “pseudomestres” prenunciados nos
“pseudoprofetas” de Israel. Na perspectiva do AT eles “estarão” presentes de forma análoga, assim
como também o juízo há muito prenunciado se “descarregará” sobre eles. Portanto não podemos
depreender nenhuma indicação cronológica neste versículo em relação à carta de Judas. Na seqüência
é dito algo, de forma sucinta mas marcante, sobre o conteúdo do ensino deles: Negando (ou:
renegando) o Senhor que os remiu, hão de trazer sobre si perdição súbita. Com essas palavras
situamo-nos diretamente no ponto que também João indica como característica dos “profetas
mentirosos” em 1Jo 4.2s; 5.6. Também o “gnosticismo” cristão empregava termos bíblicos centrais.
Pois do contrário dificilmente teria obtido acesso às igrejas. E precisamente neste mau uso dos
termos habituais reside o contrabandear que repercute aqui. Mas para os gnósticos a mensagem
central do Cristo que “veio na carne” e nos “remiu com seu sangue” era secundária, se não
constrangedora. Não consideravam o ser humano como alguém realmente perdido que por isso de
fato precisasse ser resgatado, mas dissolvem a Jesus, como diz João, negando aquele que se tornou
nosso Senhor, porque ele nos “adquiriu por alto preço” (1Co 6.19s). Ainda veremos que decorrências
práticas isso tinha de acarretar e de fato acarretou. Inicialmente Pedro apenas constata que essas
pessoas, que com certeza se portavam com grande orgulho (v. 18), não apenas ameaçavam a igreja
com cisões para a perdição, mas trazem sobre si mesmas repentina perdição. Isso não significa
obrigatoriamente que em breve serão acometidas de um infortúnio qualquer, porque a palavra para
apoleia = perdição sempre designa a “perdição eterna”. Verdade é que pode atingi-las
repentinamente, seja por ocasião da parusia do Senhor ou ao morrerem, independentemente do
momento.

 Do mesmo modo como Paulo e João são obrigados a presenciar grandes sucessos das novas
correntes, também Pedro constata que os mestres mentirosos conquistam numerosas adesões na
igreja: muitos seguirão suas libertinagens. As teorias religiosas do gnosticismo nem mesmo eram tão
sedutoras: talvez muitos membros das igrejas nem as tivessem compreendido. Porém, quando alguém
já não quer ser uma pessoa resgatada por sangue, que pertence a um Senhor e tem de obedecer a esse
Senhor com gratidão e amor, cairá em uma “liberdade” que é indisciplina e leva a libertinagens.
Afinal, em Corinto também foi a “palavra de liberdade”, mais precisamente da “liberdade” na área
sexual, que conquistou muitos membros da igreja. Pedro vê acontecer a mesma coisa nas igrejas às
quais dirigia a carta. Muitos são atraídos por uma forma de “cristianismo” na qual é lícito conduzir-se
com liberalidade sexual e ao mesmo tempo manter uma aparência de cristãos progressistas,
superiores.
Entretanto, que perigo esses muitos na igreja representam para o serviço do testemunho, do qual,
afinal, a igreja foi incumbida! Por causa desses muitos é blasfemado o caminho da verdade. Por
um lado os cristãos que agiam com liberdade desenfreada atraíam muitas pessoas, mas por outro
escandalizavam outras tantas pessoas sérias em sua busca, de modo que eram culpados pelo fato de o
evangelho ser blasfemado. Não estaremos errados ao supor que com isso Pedro pensa
principalmente em seus compatriotas israelitas. Eles tinham particular tendência para blasfemar, no
verdadeiro sentido, a mensagem de Jesus. Agora tinham motivo para apontar o dedo: “Ora, vocês
estão vendo o que resulta dessa fé em Jesus! Observem, pois, como vivem esses seguidores de
Jesus!” No entanto, também gentios sinceros em sua busca que lutavam por viver uma vida correta
sentiam-se obrigados a se afastar com ojeriza de uma doutrina que aparentemente admitia
libertinagens de todo tipo. Esse não podia ser o caminho da verdade procurado por eles.
     3     E com avidez eles vos comprarão com palavras inventadas. Não desejam ser pessoas remidas
pelo Senhor; mas pretendem comprar para si mesmas os membros da igreja. Aqui aparece outra
palavra, que por isso reproduzimos com comprar. Esta “compra” dos membros da igreja é algo
completamente diferente do remir de Jesus, que empenha seu sangue e sua vida como moeda de troca
para pessoas perdidas, a fim de resgatá-las. Abrir mão de algo em favor dos outros: isso é algo que
essas pessoas não cogitam! Pelo contrário, querem ganhar algo para si mesmas por meio de seu grande número de adeptos, a saber, evidentemente vantagens materiais. Naquele tempo as estradas
do Império Romano estavam repletas de pessoas de todo tipo, como artistas, músicos ou também
propagandistas de quaisquer cultos religiosos ou filosofias, que tentavam meios fáceis para obter
dinheiro. Por isso o fato de que também pregadores itinerantes do jovem cristianismo aceitavam
donativos ou pagamentos das igrejas (1Co 9.4-11) era algo tão natural que Paulo teve de se proteger
expressamente contra a opinião de que obtinha seu sustento pelos mesmos métodos. Portanto,
também os novos pseudomestres devem ter recebido e aceito presentes, porque adeptos
entusiasmados gostam de dar. Quanto mais membros da igreja os sedutores atraíssem, tanto mais
folgadamente podiam viver.
Eles “compram” as pessoas com palavras inventadas, por trás de cujo belo som ocultam sua
avidez. Os gregos admiravam a arte da oratória e davam enorme valor a “palavras sublimes e excelsa
sabedoria”. Já Paulo, que conscientemente evitava trazer tais coisas, teve de ouvir em Corinto que
seu discurso não tinha peso (1Co 2.1; 2Co 10.10). Conseqüentemente, também para as igrejas às
quais Pedro escreveu a proclamação apostólica poderia parecer simples e séria demais, enquanto as
espirituosas e altissonantes exposições dos novos pregadores atraíam a muitos.
Ainda que tenham sucesso e encontrem aceitação, de nada lhes adianta: Porque para eles o juízo
há muito não sossega, e sua perdição não dorme. Essa é uma formulação muito expressiva. Ao
mesmo tempo em que os falsos mestres se deleitam com o sucesso e vivem uma vida suntuosa, o
juízo sobre eles há muito já está pronto e atuante. Ainda sorriem diante de todas as advertências; mas
sua perdição não dorme. Portanto não suspeitam, em sua traiçoeira segurança, qual é sua verdadeira
condição. A parte fiel da igreja, porém, não precisa invejá-los secretamente, mas deve vê-los como
uma caça já cercada pelos caçadores, de modo que não há mais como escapar.

 

 Introdução
  Como manter a pureza da doutrina pentecostal? O que fazer para evitar que a Igreja seja vitimada pelos falsos mestres e doutores? Na lição de hoje, veremos por que a Igreja, a guardiã da sã doutrina, deve manter-se sempre alerta, a fim de não ser enganada por ensinos que, apesar de sua aparente piedade, procuram destruir a pureza dos santos, arrastando-os à heresia e, finalmente, à apostas

I. FALSOS DOUTORES E PROFETAS


1. Uma avalanche de heresias. Lamentavelmente, na atualidade, algumas igrejas pentecostais têm sido invadidas por uma avalanche de heresias e apostasias (1 Tm 4.1). Não podemos fechar os olhos aos absurdos que, sorrateiramente, têm entrado nas igrejas e chegado aos púlpitos, por intermédio de falsos mestres e pregadores que, literalmente, blasfemam o caminho da verdade com inovações doutrinárias, em nome de uma espiritualidade que não acha base na Bíblia (2 Tm 4.3). Dentre elas podemos mencionar o culto aos anjos, o uso de amuletos que “estimulam a fé”, o triunfalismo, etc (Cl 2.18).
2. Falsos mestres e falsos profetas. Orientado peio Espírito Santo, o apóstolo Pedro advertiu a igreja a respeito dos falsos mestres e líderes, que disseminam o engano entre o povo de Deus; homens presunçosos, que com os seus ensinos fraudulentos, acabam por corromper a sã doutrina. Esses pseudopregadores e mestres levam muitas pessoas a seguir suas dissoluções, “introduzindo encobertamente heresias de perdição” (2 Pe 2.1). Estes, a fim de agradar as pessoas e delas tirar vantagem, adulteram a Palavra, levando os crentes a pecar (2 Tm 4.3).
3. A falta do estudo bíblico no meio pentecostal. Se quisermos preservar a sã doutrina, precisamos voltar a priorizar o estudo da Palavra de Deus (2 Tm 3.15-17). Atualmente, muitos já não querem estudar, de modo sistemático, a Bíblia. O Senhor sempre desejou que o seu povo fosse instruído na Palavra (Js 1.8; Sl 1.2), pois ela é a luz que dissipa o engano e as trevas (Sl 119.105). Você tem se dedicado ao estudo sistemático da Palavra de Deus?
O ouvinte da pregação deve ser também um estudante da Bíblia, averiguando na Palavra a veracidade daquilo que ouve (At 17.11). Siga o exemplo do salmista: “Oh! Quanto amo a tua lei! É a minha meditação em todo o dia!” (119.97).
A Palavra de Deus nos torna sábios para a salvação (2 Tm 3.15), santifica-nos (Jo 17.17), e leva-nos a conhecer mais profundamente ao Senhor (Os 6.3).


II. A SUTILEZA DE SATANÁS NO FIM DOS TEMPOS

1. Os ardis de Satanás. Satanás é astuto e usa de sutilezas para enganar e macular a Igreja do Senhor. Os falsos mestres e profetas utilizam vários disfarces para semear suas heresias (2 Ts 2.15). Dissimuladamente, escondem suas reais intenções e apresentam-se como ovelhas; interiormente, porém, são lobos predadores. O Senhor Jesus adverte-nos quanto a estes: “Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores” (Mt 7.15). Oremos e vigiemos (Mt 26.41a) para não virmos a cair nas muitas ciladas do Diabo.
2. Palavras persuasivas. Paulo adverte os crentes de Colossos a que não sejam enganados pelos falsos mestres (Cl 2.4). Eles empregavam palavras bonitas e raciocínio capcioso, a fim de enganar e seduzir os salvos. Tomemos cuidado para não sermos presas desses mestres do engano, dando ouvidos a espíritos enganadores (1 Tm 4.1).
3. “Ninguém vós faça presa sua”. Satanás lança mão de todos os meios possíveis para induzir ao erro o povo de Deus. Como igreja do Senhor, estejamos devidamente preparados, alicerçados na Palavra de Deus, para detectar e combater suas muitas sutilezas. A Bíblia adverte-nos: “Tende cuidado para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas [...]” (Cl 2.8). Um dos maiores desafios da igreja nestes últimos dias é lutar contra os ardis e enganos do Inimigo.

III. A IGREJA É A GUARDIÃ DA SÃ DOUTRINA

1. A sã doutrina. A igreja deve preservar a sã doutrina, mas só conseguirá tal intento mediante o estudo sistemático e ortodoxo da Palavra de Deus (Tt 2.1). Ainda que alguns na atualidade não dêem a devida importância à doutrina bíblica, sabemos da sua necessidade face aos perigos espirituais que rondam a Igreja do Senhor nesta era pós-moderna.
O Senhor adverte-nos, em sua Palavra, de que nos últimos tempos haveria grande rebeldia e apostasia: “Mas o Espírito expressamente diz que, nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios” (1 Tm 4.1).
Se a igreja não estiver atenta à voz do Espírito Santo e comprometida com o ensino bíblico ortodoxo, muitos crentes deixarão de amar a verdade, desviando-se da fé genuína em Cristo. Segundo a Palavra de Deus, nestes dias que antecedem a manifestação do Anticristo, haverá um tempo de grande apostasia (2 Ts 2.3,4). Redobremos a vigilância!
2. Examinemos tudo. Paulo exortou a igreja de Tessalônica: “Examinai tudo. Retende o bem” (1 Ts 5.21). Toda e qualquer manifestação espiritual precisa ser examinada e avaliada segundo a Palavra de Deus. Vivemos tempos difíceis, de muita heresia e engano. Como discernir o verdadeiro do falso? Podemos identificar a fonte da mensagem, dos milagres, visões ou revelações, de duas maneiras: mediante o conteúdo doutrinário (Hb 5.14), ou mediante a revelação do Espírito Santo — o dom de discernimento (At 5.1-5). O crente não pode deixar-se levar pelos sinais e manifestações sobrenaturais, sem antes ter a certeza de que a sua origem é divina (1 Jo 4.1-3).
3. Sólido mantimento. O crente deve desejar o crescimento espiritual e o alimento sólido (Hb 5.14), a fim de discernir bem todas as coisas (1 Co 2.15). Você está crescendo em sua vida espiritual? São cem anos de Assembleia de Deus no Brasil; somos uma igreja adulta, onde já não há espaço para meninices. O crente espiritual tem “fome” da Palavra de Deus e deseja buscar o leite puro, sem falsificações: “Desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que, por ele, vades crescendo” (1 Pe 2.2). Muitos estão sofrendo física e espiritualmente por não estar se alimentando corretamente.

CONCLUSÃO

A igreja deve estar alicerçada nas Escrituras Sagradas para combater, com vigor e eficácia, as forças do mal, que se levantam contra o Evangelho de Cristo. Toda e qualquer atividade espiritual deve ser examinada à luz da Palavra de Deus. A igreja deve primar pela ortodoxia bíblica, não permitindo que os modismos, baseados em experiências pessoais, sejam colocados acima dos princípios das Sagradas Escrituras. 

Bibliografia:
Revista CPAD 2º trimestre
Comentário Nova Esperança


                                                                
sábado, 4 de junho de 2011

Festa Assembléia de Deus Aeroporto- filial Assembléia de Deus 1º de Maio


EBD

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