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quinta-feira, 10 de março de 2011

O primeiro Concílio da Igreja de Cristo

                
                                        
 Texto Áureo 

"Na verdade pareceu bem ao Espírito Santo e a nós, não vos impor mais encargo algum, senão estas coisas necessárias: Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue, e da carne sufocada, e da prostituição, das quais coisas bem fazeis se vos guardardes. Bem vos vá." (At 15.28,29 ARC Fiel).
                
  Podemos crer que o assunto de aceitação dos gentios estava na balança; mas Tiago falou. Sua posição foi muito importante. Ele era o líder da Igreja de Jerusalém. Sua liderança não se baseava em um posto oficial; era em realidade uma liderança moral que lhe foi concedida por ser um homem muito especial. Era irmão de Jesus. Cristo ao ressuscitar lhe apareceu especialmente (1 Cor. 15:7). Era uma coluna da Igreja (Gál. 1:19). Era tão constante na oração, que se dizia que seus joelhos eram tão duros como as de um camelo, de tanto ajoelhar-se e por tanto tempo. Era um homem tão bom que era chamado Tiago o Justo. E além disso — o que era extremamente importante — guardava a Lei rigorosamente. Se este homem que era coluna e coroa da ortodoxia ficava do lado dos gentios, então estava tudo solucionado. E Tiago o fez.
Seu critério era que os discípulos deviam ser aceitos na Igreja sem travas nem obstáculos. Mas mesmo que lhes permitisse entrar, seguiria em pé o assunto do trato social cotidiano Como ia poder associar um judeu ortodoxo com um gentio? Para facilitar as coisas, Tiago sugeriu que os gentios guardassem certas regras.
  Deveriam abster-se das contaminações dos ídolos. Esta era uma norma com respeito à comida. Um  dos grandes problemas da Igreja primitiva era o da carne oferecida aos ídolos. Paulo o considera longamente em 1 Coríntios 8 e 9  e demosnstra ser  virtualmente impossível viver em uma cidade grega sem enfrentar-se diariamente com o problema de comer carne que tinha sido oferecida em sacrifício aos ídolos ou aos deuses pagãos. Para alguns dos coríntios este assunto não representava um problema. Sustentavam que seu conhecimento superior lhes tinha ensinado que os deuses pagãos não existiam, e que portanto era possível que um cristão comesse sem remorso carne que tinha sido oferecida aos ídolos. Em realidade Paulo tem duas respostas para  este assunto. Uma delas não aparece até o capitulo 10:20. Nessa passagem Paulo  esclarece que apesar de que ele está de acordo com que esses deuses pagãos não existem, sentia que os espíritos e os demônios existiam, e que em realidade se ocultavam atrás dos ídolos e os utilizavam para desviar os homens da adoração do verdadeiro Deus. Mas nesta passagem Paulo utiliza um argumento muito mais simples. Diz que em Corinto  havia aqueles que  durante toda sua vida, até o momento, tinham crido sinceramente nos ídolos e nos deuses pagãos, e esses homens, de espírito simples, ainda não podiam libertar-se totalmente dos ressaibos da crença em que um ídolo em realidade significava algo, apesar de ser falso. Estes homens teriam remorsos de consciência cada vez que comessem dessa carne. Não poderiam evitá-lo; instintivamente sentiriam que estavam fazendo algo mau. Assim, pois, Paulo argumenta dizendo que se fosse estabelecido que não há perigo em comer carne que foi oferecida aos  ídolos se estaria danificando, ofendendo e confundindo a consciência dessas pessoas. E seu argumento final é que, embora algo nos pareça  sem importância, se machuca a outros, devemos deixar  o de lado, devido ao fato de que um cristão nunca deve fazer nada que seja pedra de tropeço para seus irmãos. Nessa passagem que se refere a coisas tão remotas há três grandes princípios que consideramos eternamente válidos.
1-O que é seguro para um homem pode não sê-lo para outro. Tem-se dito, e é certo, que Deus tem sua própria escada secreta para entrar em cada coração; e é igualmente certo que o diabo tem também sua própria escada secreta e ardilosa. Pode ser que sejamos o suficientemente fortes para resistir certo tipo de tentações, mas também pode ser que outros não o sejam. Pode ser que existam coisas que para nós não representem uma tentação mas que sim sejam tentações violentas para outros, e portanto, ao considerar se faremos ou não uma coisa, devemos pensar não só em seu efeito em nós mas também em outros.
2-Não terei que julgar nada,  unicamente do ponto de vista do conhecimento, terei que fazê-lo tendo em conta o amor. O argumento dos coríntios mais adiantados era que consideravam o ídolo como nada,
seus conhecimentos os levaram a superar a idolatria. Sempre existe certo perigo no conhecimento. Tende a que o homem seja arrogante; tende a que se sinta superior e despreze o  homem que não está tão adiantado
como ele; tende a fazê-lo desconsiderado com aqueles que considera ignorantes. Mas o ter consciência de uma superioridade intelectual é algo perigoso. Nossa conduta deveria ser guiada sempre não pelo pensamento de que sabemos mais, mas sim pelo amor considerado e benévolo por nosso próximo. E bem pode ser que por ele tenhamos que deixar de fazer e dizer coisas que bem poderíamos fazer e dizer .
3-Tudo isto nos leva à verdade maior de todas. Ninguém tem direito a reclamar um direito, recorrer a um capricho, ou exigir uma prerrogativa que possa ser a ruína de outrem. Pode ser que conte com a força e a vontade para manter-se em seu lugar; mas não só deve pensar em si mesmo; deve pensar no irmão mais fraco. Um prazer que possa ser a ruína de outrem não é um prazer, é um pecado.
   Deviam abster-se da fornicação. Diz-se que a única virtude nova que o cristianismo trouxe para a humanidade foi a castidade. Os cristãos deviam ser puros em um mundo impuro.  Deviam abster-se de coisas estranguladas e de sangue. Para os judeus o sangue representava a vida. Diziam isto porque quando alguém
sangrava a vida também minguava.  Portanto o gado era morto e se tentava em tal forma que se sangrava totalmente, porque o sangue era a vida e esta pertencia a Deus. De modo que os gentios foram ordenados
comer unicamente carne preparada  à maneira judaica. Se não se observavam estas simples normas não poderia haveria trato algum entre judeus e gentios; mas observando-as se destruía a última barreira. 
Dentro da Igreja e da comunidade humana ficou estabelecido desde esse momento em diante que judeus e gentios eram um.

I - Concílio
1- O QUE É UM CONCÍLIO
Definição. Originária do vocábulo latino concilium, a palavra concílio significa conselho, assembléia. O concílio, por conseguinte, é uma reunião de representantes da Igreja, cujo objetivo é deliberar acerca da fé, doutrina, costumes e disciplina eclesiástica.
Os concílios são, naturalmente, um esforço comum da Igreja, ou parte da Igreja, para a sua própria preservação e defesa, ou guarda e clareza da Fé e da doutrina. Assim, quando parte da Igreja se encontra em necessidade, ou está ameaçada, as autoridades eclesiásticas locais talvez entendam como sendo prudente a convocação de um concílio.
2-Os concílios no Antigo Testamento. O primeiro concílio da ve­lha aliança deu-se quan­do Moisés congregou os anciãos de Israel para declarar-Ihes o plano de Deus para libertar os hebreus do Egito (Êx 4.29) Moisés e Arão reuniram todos os anciãos de Israel e disse-lhes sobre os eventos que ocorreriam em breve, incluindo sinais para a libertação.. A partir daí, muitos foram os concílios convocados quer pelos reis, quer pelos profetas, para tratar das urgências nacionais e das crises que surgiram ao longo da his­tória de Israel no Antigo Testamento (2 Cr 34.29; Ed 10.14; Ez 8.1).
Os concílios em o Novo Testamento. Os apóstolos reuni­ram-se em três ocasiões distintas, para decidir sobre pendências na comunidade cristã. A primeira vez para eleger Matias em lugar de Judas Iscariotes e aguardar a chegada do Consolador; a segunda para instituir o diaconato; e a terceira, para discutir as imposições que os judaizantes buscavam impor sobre os cristãos gentios (At 1.12-26; 6.1-15; 15.6-30).
II. A IMPORTÂNCIA DO CONCÍLIO DE JERUSALÉM
A terceira reunião dos após­tolos, que viria a ser conhecida como o Concílio de Jerusalém, foi tão importante e vital à Igreja de Cristo que dela dependia o futuro do Cristianismo. Se os apóstolos houvessem cedido à pressão dos judaizantes, a religião do Nazareno extinguir-se-ia em mera seita judai­ca. Mas os dirigentes da Igreja, ins­trumentalizados pelo Espírito Santo, houveram-se com sabedoria e firme­za, possibilitando que o Reino de Deus, transcendendo as fronteiras de Israel, se universalizasse até aos confins da terra.
O Concílio de Jerusalém foi modelar desde a convocação até as suas derradeiras decisões.
Convocação. O Concílio de Jerusalém foi convocado pelos apóstolos sob as instâncias de Paulo e Barnabé. Enviados pelas igrejas de Antioquia, Síria e Cilícia, requeriam eles fosse tomada uma resolução urgente quanto a este problema: deveriam os gentios observar também os costumes e ritos judaicos, incluindo a Circuncisão?
Presidência. Sendo a figura de Pedro preponderante entre os santos da circuncisão, conclui-se tenha ele presidido o Concílio de Jerusalém. Em todos aqueles acalo­rados debates, o apóstolo agiu com sabedoria, moderação. Tudo fez por preservar a unidade da Igreja no Espírito Santo.
Debates. As discussões são acaloradas. Extremados na defesa do farisaísmo, exigiam os judaizan­tes: "É necessário circuncidá-Ios e determinar-Ihes que observem a lei de Moisés" (At 15.5 - ARA).
Em seguida, Pedro levanta-se e põe-se a historiar como os gentios, por seu intermédio, vieram a con­verter-se a Cristo. Para calar a boca aos adversários, indaga o apóstolo: "Agora, pois, por que tentais a Deus, pondo sobre a cerviz dos discípulos um jugo que nem nossos pais pude­ram suportar; nem nós? Mas cremos que fomos salvos pela graça do Se­nhor Jesus, como também aqueles o foram" (At 15.10,11 - ARA).
Depois da exposição de Pedro, os também apóstolos Paulo e Barna­bé tomam a palavra. Faz Lucas esta observação: "Então toda a multidão silenciou, passando a ouvir a Bama­bé e a Paulo, que contavam quantos sinais e prodígios Deus fizera por meio deles entre os gentios" (At 15.12 - ARA).
O pronunciamento de­cisivo de Tiago. Apesar de sua reputação conservadora, sai Tiago, irmão do Senhor, em defesa dos santos gentios e da universalidade da Igreja de Cristo: "Pelo que, Julgo eu, não devemos perturbar aqueles que, dentre os gentios, se conver­tem a Deus, mas escrever-Ihes que se abstenham das contaminações dos ídolos, bem como das relações sexuais ilícitas, da carne de ani­mais sufocados e do sangue" (At 15.19,20 - ARA).
II. A CARTA DE JERUSALÉM
Encerrados os debates, deci­dem os apóstolos enviar uma en­cíclica às igrejas de Antioquia, Síria e Cilícia, por intermédio de Paulo, Barnabé, Judas e Silas, expondo as resoluções tomadas no Concílio de Jerusalém (At 15.27-30). Resoluções estas, aliás, que se fizeram univer­sais tanto em relação ao tempo quanto ao espaço; tornaram-se con­temporâneas dos cristãos de todas as eras. Em resumo, o documento trata dos seguintes temas:
Da salvação pela graça. Deixam os apóstolos bem patente o seu apoio ao evangelho que Paulo proclamava aos gentios: a salvação pela graça (At 15.11).


Da comida sacrificada aos ídolos. A carta circular dos apóstolos é bem clara: "Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos" (At 15.29). Terá essa recomendação alguma serventia para nós hoje? Além das festas juninas e dos doces distribuídos no dia de Cosme e Damião, há muitos banquetes consagrados aos deu­ses das riquezas, às divindades do poder corrupto e corruptor, e aos demônios da permissividade moral e do relativismo ético. Outrossim, cuidado com os restaurantes que, logo na entrada, expõem a sua divindade como se fora um mero folclore. Não é folclore; é demônio mesmo.
Da ingestão de sangue e de carne sufocada. Parece uma recomendação banal? Nada na Bíblia pode ser banalizado. Ouçamos e obedeçamos à encíclica apostólica: "Que vos abstenhais [..,] do sangue, da carne de animais sufocados" (At 15.29 - ARA). Receitas culinárias que empregam o sangue como um de seus ingredientes contrariam as leis divinas. Leia Gênesis 9.4.
Das relações sexuais ilí­citas. Num século tão promíscuo e leniente como este, a recomendação dos santos apóstolos não haverá de ser esquecida: "[..,] que vos abste­nhais das relações sexuais ilícitas" (At 15.29). O que é uma relação sexual lícita? É a praticada no âmbito do casamento entre um homem e uma mulher. Logo, o sexo antes e fora do casamento é ilícito e pecami­noso (Êx 20.14; Ap 22.15). Pecado também é o homossexualismo tan­to masculino quanto feminino (Lv 18.22; Rm 1.26-27; 1 Co 6.9).
A voz dos apóstolos não pode ser calada pela "lei da mordaça".

Bibliografia:
BIBLOS - O CD DA PESQUISA BÍBLICA
COMENTÁRIO BIBLICO   BARCLAY, Introdução e síntese do Novo Testamento  Nova Esperança
Revista CPAD-  Jovens e Adultos 1ª Trimestre de 2011

1 comentários:

Marivan disse...

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